A enxaqueca é uma doença crônica, caracterizada na maioria das vezes por uma dor de cabeça unilateral que pode ser acompanhada de vários sintomas como náuseas, vômitos, sensibilidade a luz, a sons e a cheiros. Muitas vezes pode também ser acompanhada de tontura, visão embaçada, dupla ou mesmo cegueira parcial dentre outros sintomas.
Alguns desses sintomas podem ocorrer antes da dor de cabeça propriamente dita e constituem o que chamamos de aura, que são sintomas que quando acontecem permitem prever que a dor de cabeça virá. Um aspecto muito interessante é que em alguns casos a enxaqueca se manifesta através de diversos sintomas que não incluem a dor de cabeça.
A enxaqueca ocorre na forma de crises, que na maioria das vezes, duram entre 4 horas a 3 dias. A dor de cabeça costuma ser o sintoma mais dramático, porém outros podem incomodar tanto ou mais que a dor. Em muitas pessoas a enxaqueca é incapacitante e causa uma grande diminuição da qualidade de vida.
A enxaqueca acomete 15% da população brasileira sendo mais frequente nas mulheres.
Os exames, tanto de imagem – tomografia e ressonância magnética de encéfalo - quanto de sangue e liquor são normais nas pessoas que sofrem de enxaqueca.
Muitos fatores individuais corroboram para dar início as crises de enxaqueca. Os mais comuns são: determinados alimentos, menstruação e situações de estresse e falta de sono entre outros.
No tratamento da enxaqueca, além da retirada da alimentos desencadeantes da crise, do gerenciamento do estresse e do sono, da utilização de fitoterápicos e medicamentos, a acupuntura tem um papel importante.
Uma revisão sistemática da literatura médica feita em 2018, pelo Instituto de Medicina Integrativa de Coimbra, Portugal, concluiu que ”Existem boas evidências científicas incentivando a terapia de acupuntura para tratar distúrbios de ansiedade, pois produz resultados efetivos, com menos efeitos colaterais do que o tratamento convencional”.
Para saber mais:
Effectiveness and Safety of Acupuncture for Migraine: An Overview of Systematic Reviews. Pain Res Manag. 2020; 2020: 3825617. https://www.hindawi.com/journals/prm/2020/3825617/
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