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  • Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

APNEIA DO SONO - MUITO MAIS DO QUE O RONCO

O ronco é um dos principais sinais de que você pode estar sofrendo de apneia do sono.


Milhões de adultos nos EUA têm apneia obstrutiva do sono, que ocorre quando as vias aéreas superiores de alguém são bloqueadas durante o sono. Em algumas pessoas, isso ocorre devido à anatomia das vias aéreas, pescoço, amígdalas, mandíbulas ou línguas. Em pacientes com obesidade, o problema subjacente geralmente é um acúmulo de gordura na língua, pescoço e vias aéreas superiores. O pescoço fica maior e a gordura estreita as vias aéreas, a também fica língua maior em todas as direções causando um colapso das vias aéreas superiores, levando à respiração superficial ou à cessação da respiração, o que causa diminuição do oxigênio no sangue. A diminuição do oxigênio no sangue compromete a produção da bioenergia - ATP - pelas mitocôndrias diminuindo o aporte de energia para todos os órgãos.


Pessoas com a condição param e reiniciam brevemente a respiração enquanto dormem, impedindo-as de descansar completamente. Em casos graves, isso pode acontecer centenas de vezes ao longo de uma noite causando um sono fragmentado e agitado que deixa as pessoas exaustas e sonolentas durante o dia.


Se não for tratada, a apneia do sono aumenta o risco de:

  • Fadiga e cansaço durante o dia,

  • Sonolência ao longo do dia,

  • Depressão,

  • Ansiedade,

  • Insuficiência cardíaca,

  • Morte cardíaca súbita,

  • Diabetes,

  • Resistência a insulina,

  • Pressão alta,

  • Derrames,

  • Doenças neurodegenerativas, incluindo demência,

  • Mortalidade por todas as causas.

  • Aumento de até 30% dos acidentes de veículos motorizados - motoristas com apneia do sono têm quase 5 cinco vezes mais probabilidade de se envolver em acidentes de veículo motorizado do que outros motoristas. Um estudo descobriu que 20% dos motoristas de caminhão americanos admitem adormecer em semáforos.


TRATAMENTO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO


Tratar a  apneia do sono é fundamental para a saúde física e mental. O CPAP é fundamental para o tratamento da  apneia e precisa ser utilizado até que medidas como a perda de peso e a fisioterapia surtam efeito.


1. PERDA DE PESO


A perda de peso, em pessoas com excesso de peso, auxilia no tratamento da  apneia do sono.


Recentemente 2 novos estudos clínicos publicados em 2024 na revista científica " New England Journal of Medicine" mostraram o efeito da tirzepatida, medicamento injetável para a perda de peso, na melhora da apneia do sono.

A tirzepatida é da mesma classe de medicamentos que o Ozempic (semaglutida) e é vendida sob as marcas Mounjaro e Zepbound.

Nesses estudos, houve uma melhora significativa dos sintomas da apneia obstrutiva do sono, em pessoas com excesso de peso que perderam cerca de 20% do peso, após 1 ano de tratamento.


Esses medicamentos atuam no acúmulo de gordura que causa os bloqueios das vias aéreas e fazem a pessoa parar de respirar.


2. CPAP - Continuous Positive Airway Pressure” (pressão positiva contínua em vias aéreas)

As máquinas CPAP são o padrão ouro do tratamento. Elas bombeiam ar pressurizado para uma máscara para manter as vias aéreas superiores abertas. Atualmente existem aparelhos muito silenciosos e portáteis de fácil uso, além de máscaras mais delicadas para os casos mais leves.


3. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

Diversos exercícios são propostos para tonificar toda a musculatura envolvida na apnéia. Os resultados dependem da realização diária dos exercícios e da sua persistência.


4. CIRURGIA

A cirurgia pode fornecer maior amplitude para a passagem do ar nas vias aéreas.


5. APARELHO ORTODÔNTICO


6. EVITE

Álcool antes de dormir e medicamentos para o sono podem agravar a  apneia do sono.







Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.




Para saber mais:

Chang HP, Chen YF, Du JK.Kaohsiung J Med Sci. 2020 Jan;36(1):7-12.


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