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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

AUMENTO DO CÂNCER DE INTESTINO NOS JOVENS.

Um relatório publicado pela "American Cancer Society" em janeiro deste ano sugere que as taxas de câncer colorretal estão aumentando rapidamente entre pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos, ao mesmo tempo que estão diminuindo em pessoas com mais de 65 anos.


O câncer colorretal de início precoce vem aumentando em valores próximos a 2% ao ano desde meados da década de 1990. Este aumento fez com que o câncer colorretal se tornado a principal causa de mortes por câncer em homens com menos de 50 anos e a segunda principal causa de mortes por câncer em mulheres com menos de 50 anos nos Estados Unidos. Esse aumento se deve ao maior número de diagnósticos de câncer retal, câncer de cólon no lado esquerdo, ou distal perto do reto.


Nos jovens o câncer colorretal tende a ser mais agressivo e costuma ser encontrado em um estágio mais avançado, uma vez que ainda não existe a indicação de exames preventivos nessa faixa etária. A colonoscopia é atualmente recomendada nos USA a partir dos 45 anos.


Esse aumento das taxas de câncer colorretal nos jovens se deve em parte a fatores genéticos associados a mudanças no estilo de vida, como a alimentação. Os jovens vêm consumindo mais:

Além das modificações alimentares, houve uma diminuição contínua da atividade física nesta última década. O aumento das taxas de obesidade que vem ocorrendo entre os jovens também é um fator associado ao maior risco de câncer.


Alguns especialistas acreditam que a exposição a produtos químicos tóxicos no meio ambiente como herbicidas, agrotóxicos, metais pesados, PFAS (substâncias per e polifluoroalquil - encontrada em revestimentos antiaderentes das panelas como o teflon) também podem contribuir para esse aumento da incidência do câncer colorretal.


Mas, mais uma vez, nenhum deles é totalmente responsável pelo aumento do cancer colorrectal de início precoce. Os estudos estão se voltando para os desequilíbrios da microbiota intestinal com aumento das bactérias inflamatórias. Diversos medicamentos como os antibióticos, que podem alterar o microbioma intestinal, mas também medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides que são usados ​​como analgésicos, inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc..) que são usados ​​para combater problemas de ácido estomacal e vários medicamentos psiquiátricos que podem ser absorvidos através do revestimento intestinal tem sido associados ao aumento do câncer colorretal.


QUANDO SUSPEITAR DO CÂNCER DE COLORETAL


Os jovens – como todas as outras pessoas – precisam avaliar junto com seu médico se tiverem casos de câncer colorretal na família e/ou se notarem algum dos seguintes sintomas: 

  • Sangramento retal: inclui sangue proveniente do reto ou sangue nas fezes ou no banheiro após uma evacuação.

  • Fezes incomuns: Fique atento a quaisquer alterações na aparência das suas fezes. Fique atento a fezes escuras ou pretas, que podem indicar sangramento de um tumor. Converse com seu médico se você tiver fezes estreitas, finas ou em forma de fita, o que pode indicar que um tumor está obstruindo seus intestinos ou reto.

  • Alterações nas evacuações: Procure fezes moles (diarréia) ou prisão de ventre (menos de três evacuações por semana), especialmente se as alterações durarem duas semanas ou mais.

  • Baixa energia ou cansaço: Isso pode ser devido à anemia por perda de sangue. Se você é uma jovem com anemia crônica que presume ser causada por sangramento menstrual, é uma boa ideia explorar também outras causas.

  • Perda de peso inexplicada.


Hábitos de vida saudáveis, com atividade física e alimentação baseada em plantas - legumes, frutas, verduras e grãos - de preferência orgânicas, estão na base da prevenção do câncer colorretal.








Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.



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