O Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM), da "American Psychiatric Association", é uma classificação de transtornos mentais e critérios associados elaborada para facilitar o estabelecimento de diagnósticos mais confiáveis. Na sua última publicação em 2022 os critérios para o diagnóstico do autismo foram atualizados.
Essa última edição propõe que para atender aos critérios para Autismo, cinco grupos de critérios diagnósticos devem ser atendidos. O critério A fala amplamente sobre diferenças sociais, de comunicação e de relacionamento, enquanto o critério B fala sobre rotina, estrutura, repetição, interesses especiais e problemas sensoriais. Os outros critérios são usados para ajudar a diferenciar o autismo de outras condições e/ou diagnósticos.
Critérios de autismo A - Déficits persistentes em cada uma das três áreas de comunicação e interação social
Existem três subcategorias para o critério A do Autismo. Todas as três subcategorias devem ser atendidas para que o critério A seja atendido. Se uma pessoa tiver 2 das três subcategorias, o critério A não seria atendido para autismo:
A1. Déficits na reciprocidade socioemocional, que vão, por exemplo, desde uma abordagem social anormal e falha na conversação normal de ida e volta; até uma partilha reduzida de interesses, emoções ou afetos; até à falha em iniciar ou responder a interações sociais;
A2. Déficits em comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social; variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal mal integrada; a anormalidades no contato visual e na linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso de gestos; a uma ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal;
A3. Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos, que vão desde dificuldades em ajustar o comportamento para se adequar a vários contextos sociais; dificuldades em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos; até ausência de interesse em colegas.
A gravidade é baseada em deficiências de comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Para qualquer critério, a gravidade é descrita em 3 níveis:
Nível 3 — Requer suporte muito substancial
Nível 2 — Requer suporte substancial
Nível 1 — Requer suporte
Critérios de autismo B - Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, manifestados por pelo menos dois dos seguintes:
B1. Movimentos motores estereotipados ou repetitivos, uso de objetos ou fala (por exemplo, estereótipos motores simples, alinhar brinquedos ou virar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
B2. Insistência na mesmice, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (por exemplo, extrema angústia com pequenas mudanças, dificuldades com transições, padrões de pensamento rígidos, rituais de saudação, necessidade de seguir o mesmo caminho ou comer a mesma comida todos os dias).
B3. Interesses altamente restritos e fixos, que são anormais em intensidade ou foco (por exemplo, forte apego ou preocupação com objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou perseverantes).
B4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum em aspectos sensoriais do ambiente (por exemplo, aparente indiferença à dor/temperatura, resposta adversa a sons ou texturas específicas, olfato ou toque excessivo de objetos, fascínio visual por luzes ou movimento).
A gravidade é baseada em deficiências de comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Para qualquer critério, a gravidade é descrita em 3 níveis:
Nível 3 — Requer suporte muito substancial
Nível 2 — Requer suporte substancial
Nível 1 — Requer suporte
Critérios de autismo C
Os sintomas devem estar presentes no período inicial de desenvolvimento:
Critérios de autismo D
Os sintomas causam comprometimento clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento;
Critérios de autismo E
Esses distúrbios não são melhor explicados por deficiência intelectual ou atraso global do desenvolvimento.
Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.
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