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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

BRÓCOLIS - SULFORAFANO - ANTI INFLAMATÓRIO CEREBRAL.

Atualizado: 13 de abr. de 2024


As evidências científicas sobre os efeitos benéficos do brócolis na saúde são robustas. Seus efeitos benéficos são claramente mediados pelo sulforafano.



Muitos estudos tem mostrado que o sulforafano atua diminuindo a inflamação sistêmica pelo seu efeito antiinflamatório e antioxidante, tendo uma ação muito importante no tratamento da neuroinflamação e proteção mitocondrial.


Os estudos mostram que o sulforafano auxilia na prevenção e no tratamento de diversas doenças cerebrais:

  • Autismo,

  • Doença de Alzheimer (DA),

  • Doença de Parkinson (DP)

  • Esclerose múltipla (EM)


O sulforafano acelera a desintoxicação e excreção de contaminantes alimentares e poluentes atmosféricos potencialmente cancerígenos, oferecendo uma estratégia muito atrativa para a redução do risco de câncer em toda a população devido a exposições inevitáveis ​​à poluição.


Os estudos têm mostrado os efeitos do sulforafano na prevenção e tratamento de vários tipos de câncer:

  • Câncer de próstata,

  • Câncer de mama,

  • Câncer de cólon,

  • Câncer de pele,

  • Câncer de bexiga urinária,

  • Câncer oral.

Devido ao seu papel antiinflamatório e antioxidante também tem seu papel nas doenças crônico degenerativas como:

  • Diabetes

  • Doença cardiovascular

  • Doença renal crônica

  • Obesidade

  • Resistência à insulina

SULFORAFANO NO BRÓCOLIS



No brócolis temos a glucorafanina, que sob a ação da enzima mirosinase, presente tanto no brócolis, quanto na microbiota intestinal, se transforma em sulforafano. Quando comemos o brócolis, o processo de mastigação libera a glucorafanina que entra em contacto com a enzima mirosinase dando origem ao sulforafano.


A glucorafanina ocorre em todas as partes do brócolis, embora seja mais abundante

nas flores e sementes. Os brotos de brócolis são ainda mais ricos em glucorafanina e consequentemente mais ricos em sulforafano.


A glucorafanina ocorre em maior quantidade nos vegetais crucíferos, como brócolis, couve-flor, repolho, couve, couve de Bruxelas, couve-rábano e couve. Entretanto é no brócolis que encontramos os maiores teores.




O método pelo qual o brócolis é processado e preparado também afeta o teor de sulforafano. O maior teor e biodisponibilidade se encontra no brócolis cru. Cozinhar brócolis altera a quantidade de sulforafano, pois o calor pode destruir a enzima mirosinase necessária para a conversão da glucorafanina em sulforafano. Entre os diferentes métodos de cozimento, fritar e cozinhar no vapor retêm mais sulforafano do que ferver, enquanto o micro-ondas pode aumentar ou diminuir os níveis de sulforafano, dependendo do tempo (tempos mais curtos podem aumentar os níveis) e da configuração de potência. Branquear e congelar o brócolis para prolongar a vida útil também pode diminuir a quantidade de sulforafano. Os níveis de sulforafano podem ser aumentados se o brócolis cozido for consumido com uma fonte exógena de mirosinase como semente de mostarda em pó.


O ideal é o consumo regular do Brócolis para que os teores de sulforafano sejam significativos e contribuam para a saúde, combatendo a inflamação e a oxidação excessiva.


Uma das formas de fazer isso é bater as flores do brócolis cruas no liquidificador com um pouco de água e congelar. Assim, poderemos ter um suco verde, batendo 1 cubo de brócolis congelado todos os dias em um suco.



Diversos suplementos, feitos de extratos de brócoli podem ser encontrados no mercado. Para serem efetivos eles precisam ser feitos com extratos padronizados com no mínimo sulforano 1% e mirosinase 0,5%.




Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.


Para saber mais:


Schepici G, Bramanti P, Mazzon E.

Int J Mol Sci. 2020 Nov 16;21(22):8637.


Nandini DB, Rao RS, Deepak BS, Reddy PB.

J Oral Maxillofac Pathol. 2020 May-Aug;24(2):405.

Yagishita Y, Fahey JW, Dinkova-Kostova AT, Kensler TW.Molecules. 2019 Oct 6;24(19):3593.


Nutrients. 2021 Jan 18;13(1):266.


Santín-Márquez R, Alarcón-Aguilar A, López-Diazguerrero NE, Chondrogianni N, Königsberg M.

Geroscience. 2019 Oct;41(5):655-670.


J. Agric. Food Chem.2008, 56, 22, 10505–10509


Mthembu SXH, Mazibuko-Mbeje SE, et all.

Pharmacol Res. 2023 Oct;196:106918.



McGuinness G, Kim Y.

EXCLI J. 2020 Jun 26;19:892-903.

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