Alopecia androgenética, ou calvície, é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. É relativamente frequente na população. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema que se inicia na adolescência quando os hormônios começam a deixar os fios de cabelo mais finos. A queda se torna visível por volta dos 35 aos 60 anos.
A calvície afeta mais os homens, pois a queda dos cabelos está diretamente associada à presença da testosterona. As mulheres também produzem esse hormônio, mas em quantidade menor. Por isso, os casos de calvície nas mulheres são mais raros e, quando ocorrem, a perda é menor.
A testosterona pela ação da enzima 5 α redutase se transforma no hormônio dihidrotestosterona (DHT) que atua sobre os folículos pilosos, promovendo sua diminuição a cada ciclo de crescimento dos cabelos. A ação do DHT nos folículos pilosos se dá pela ação dos receptores de andrógenos.
Embora a queda de cabelo esteja ligada ao metabolismo do hormônio testosterona, na maioria das vezes os exames de sangue estão normais.
O sintoma inicial é o afinamento dos fios de cabelo que ficam mais ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto.
Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa (coroinha de padre) que é um círculo sem cabelos no topo da cabeça, e a região frontal (entradas). Na maior parte dos casos, os cabelos continuam caindo e a calvície toma conta de toda a área superior da cabeça, sobrando apenas fios que se concentram numa faixa nas laterais e atrás da cabeça.
As mulheres contam com a proteção dos hormônios femininos até a menopausa quando os estrogênios diminuem muito e a queda de cabelo começa a ocorrer. Nas mulheres os locais de queda do cabelo são diferentes dos homens. Os cabelos da frente permanecem, mas os fios ficam finos e rarefeitos, especialmente no topo da cabeça, a ponto de, nos casos mais avançados, o couro cabeludo tornar-se visível.
Os casos de alopecia androgenética feminina vêm aumentando devido a inúmeros fatores da vida contemporânea que aumentaram o estresse vivido pelas mulheres. Além disso, os produtos químicos utilizados nos mais diversos procedimentos como tintura, alisamentos e permanentes contribuem para a queda. Prender os cabelos em posições que tensionam o couro cabeludo como rabo de cavalo, tranças e outros penteados também agravam a queda de cabelo. As dietas para emagrecimento que causam diminuição de nutrientes e vitaminas também constituem um fator importante de queda de cabelo nas mulheres.
Exames genéticos podem identificar os pacientes com maior risco de desenvolver a doença e orientar o tratamento com maior segurança.
O tratamento pode ser feito com medicamentos e/ou fitoterápicos.
Os medicamentos e os fitoterápicos atuam inibindo a ação da enzima 5 α redutase ou através de uma vasodilatação com aumento da nutrição do folículo piloso reduzindo a perda de cabelo.
Os fitoterápicos tem sido muito usados nesse tratamento pois exibem efeitos colaterais menores que os medicamentos.
Fitoterápicos que atua na inibição da 5 αredutase inibindo a síntese de DHT:
Saw palmetto (Serenoa repens),
Chá verde (Camellia sinensis),
Semente de abóbora (Curcurbita pepo),
Semente de uva (Vitis vinifera),
Alcaçuz ou Licorice (Glycyrrhiza glabra).
Fitoterápico de ação vasodilatadora que melhora a circulação sanguínea, promovendo a absorção de nutrientes no bulbo capilar.
Alecrim (Rosmarinus officinalis).
Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.
Para saber mais:
An overview of herbal alternatives in androgenetic alopecia.
Maria Yusuf Dhariwala. Et all.
J Cosmet Dermatol. 2019 Aug; 18 (4): 966-975.
Wessagowit V, et all
J Dermatol. 2016 Aug;57(3):e76-82.
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