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  • Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

CANCER COLORETAL - O PAPEL DAS BEBIDAS AÇUCARADAS


O câncer de cólon e reto acomete homens e mulheres, geralmente por volta dos 50 anos de idade. Costuma se desenvolver de forma lenta e, se descoberto em estágio inicial, tem altas chances de cura.


Nos últimos anos, registou-se um aumento acentuado de casos de câncer de colon antes dos 50 anos de idade. O Brasil deve registrar 44 mil novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), sendo ligeiramente mais frequente em homens do que em mulheres.


Esse aumento vem ocorrendo principalmente devido a alimentação pobre em fibras e rica em carnes, sendo as carnes processadas como presunto, peito de peru e linguiça consideradas cancerígenas pelo IARC (International Agency for Research on Cancer).


No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos desse tipo de câncer por ano, com 70% concentrados nas regiões Sudeste e Sul.


Um estudo publicado em 2021, pela revista "Gut", acompanhou por mais de duas décadas um grupo de mais de 90 mil enfermeiras e avaliou se o consumo de bebidas açucaradas como refrigerantes, sucos de frutas e chás causavam um aumento na incidência do câncer de cólon retal.


Dessas 90 mil mulheres, cerca de 40 mil relataram que iniciaram o consumo de bebidas açucaradas já na adolescência.


O resultado desse estudo foi surpreendente. Em comparação com as mulheres que tomaram menos de 1 copo de bebidas açucaradas por semana na idade adulta, as mulheres que consumiram mais de 2 copos ao dia tiveram um risco mais do que dobrado de câncer cólon retal, e um risco 16% maior a cada copo a mais tomado por dia!


Esse risco aumentou muito quando o consumo das bebidas açucaradas se iniciou na adolescência. Cada aumento de copo de bebida açucarada ao dia na idade de 13 a 18 anos foi associado a um risco 32% maior de câncer colón retal.


Fatores que atuam na prevenção do câncer de cólon retal:

  • Alimentação baseada em plantas, de preferência orgânicas, com frutas, verduras, legumes e cereais integrais,

  • Aumento do consumo de fibras,

  • Microbiota intestinal equilibrada com diminuição das bacctérias inflamatórias e aumento das anti inflamatórias

  • Atividade física,

  • Sono adequado,

  • Diminuição do consumo de álcool e cigarro.

  • Diminuição das bebidas açucaradas,

  • Diminuição dos alimentos hiperprocessados,

  • Diminuição das carnes processadas,

  • Consumo de carne abaixo de 500g ao dia,

 








Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.





Para saber mais:


Hur J, et al. Gut. 2021.


Kanehara R, Park SY, Okada Y, Iwasaki M, Tsugane S, Sawada N, Inoue M, Haiman CA, Wilkens LR, Le Marchand L.J Nutr. 2024 Aug;154(8):2481-2492.

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