A manutenção do peso após uma dieta, acompanhada ou não de medicamentos e de atividade física, é a parte mais difícil do tratamento.
Após conquistar o novo peso a vontade é ir, aos poucos, deixando a alimentação mais restrita e todos os procedimentos que auxiliaram na perde de peso de lado.
Mas, como em toda doença crônica, como a obesidade, a interrupção do tratamento, na maior parte das vezes, significa a volta da doença.
As pessoas tem uma dificuldade enorme em aceitar a obesidade como uma doença causada por diversos desequilíbrios hormonais, de neurotransmissores, das células de gordura e da flora intestinal.
Acreditar que a obesidade não é uma doença, faz com que uma vez alcançada a meta do peso, o tratamento seja aos poucos deixado de lado. Mas, como a obesidade é uma doença crônica, o tratamento que possibilitou o peso desejado precisa ser mantido por um período muito longo.
Diversos estudos tem mostrado que após alguns anos depois do término do tratamento para a perda de peso, as pessoas não só recuperam o peso perdido, como na maior parte das vezes, alcançam um peso maior do que o peso que tinham ao iniciar a dieta.
Durante a perda de peso o organismo reage causando adaptações hormonais, que aumentam a fome e o desejo de comer e diminuem o gasto energético por, pelo menos, 1 ano. Alguns estudos acreditam que o organismo leve um período muito maior para se adaptar ao novo peso.
. Manter o peso conquistado é o maior desafio e sem dúvida requer a continuidade do tratamento.
Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.
Para saber mais:
Hwalla N, Jaafar Z.
Diagnostics (Basel). 2020 Dec 25;11(1):24
Mann T, et al.
Am Psychol. 2007 Apr;62(3):220-33
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