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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

COMEMOS MUITO?

Atualizado: 11 de dez. de 2023

Será mesmo que comemos muito, mais do que antes do início da epidemia de obesidade? Em vários países as pesquisas de consumo alimentar mostram que não. Comemos menos e engordamos mais.


No Reino Unido o consumo de gordura e carboidrato caiu desde a segunda guerra mundial. A pesquisa nacional de alimentação manteve o registro de ingestão de alimentos de 1940 a 2000.


Em 1945 o teor de gordura na alimentação era de 92g ao dia por pessoa, em 1960 quando a frequência de obesidade ainda era muito baixa era de 115g ao dia por pessoa e em 2000 quando a frequência de obesidade era mais alta de 75g ao dia por pessoa. A relação entre gordura alimentar e índice de massa corporal não mostrou nenhuma relação em um estudo feito em 18 países europeus.

No caso do açúcar de mesa o consumo despencou de 500g semanais por pessoa no final dos anos 50 para cerca de 100g semanais no ano 2000. Mas, houve um aumento considerável de alimentos que contém açúcar, principalmente associados a sucos de fruta e cereais matinais açucarados. As estimativas são de que desde os anos 80 os ingleses consomem cerca de 5% menos de açúcar.


O aumento do número de calorias na alimentação também não parece estar associado ao aumento do peso. Em 1945 a ingestão calórica media para adultos era de 2665 calorias ao dia, mas em 2000 havia caído para 1750 calorias ao dia.

Nos USA os estudos também apontam que o consumo calórico diminuiu em contraposição à obesidade que vem aumentando e já atinge ¼ da população.


Se a gordura, o açúcar e a quantidade calórica na alimentação não podem explicar a epidemia de obesidade, que tal observarmos o que diminuiu na alimentação nesse mesmo período? Os estudos mostram que o que diminuiu foi a quantidade de fibras.


Um adulto no reino unido em 1940 comia 70g de fibras ao dia e atualmente come cerca de 20g ao dia. Consumimos menos frutas, verduras e legumes atualmente. Uma dieta rica em plantas leva a uma flora intestinal associada ao peso normal.







Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.



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