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  • Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

DIAGNÓSTICO DO AUTISMO NO ADULTO.

Atualizado: 13 de abr.

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), estima que 2,21% da população adulta esteja no TEA e, no reino unido, é estimado que pelo menos 1% dos adultos estejam no espectro autista.


O autismo é uma condição muito frequente na infância e sua prevalência vem aumentando com regularidade. Atualmente as crianças com autismo são diagnosticadas nos primeiros anos de vida permitindo que os tratamentos necessários sejam realizados de forma cada vez mais precoce, trazendo benefícios inegáveis a evolução dessas crianças.


No entanto, o diagnóstico é mais difícil de ser realizado nos adultos, principalmente naqueles que embora no espectro autista, estão em uma região do espectro muito próxima a das pessoas típicas. Devido a ausência do diagnóstico sofrem por sentirem que tem reações, emoções e comportamentos diferentes das pessoas com que convivem, o que acarreta uma sensação maior de isolamento, ansiedade, depressão e outras alterações emocionais que quando presentes podem agravar o quadro. Um estudo recente estimou em 34% a prevalência da depressão em autistas adultos.


Além disso, uma proporção significativa dos adultos autistas sofrem devido a exclusão social e econômica que afetam a sua autoestima, a qualidade de vida e a sua realização profissional.


O diagnóstico de autismo na idade adulta é, na maior parte das vezes, acompanhado de um grande alívio pois permite que a pessoa entenda os aspectos diferentes da sua personalidade e possa se beneficiar das terapias necessárias, que o auxiliem a lidar melhor com todas essas questões do cotidiano. O diagnóstico fornece uma explicação para os desafios que a pessoa enfrenta na sua vida, permite que membros da família, amigos e colegas tenham uma melhor compreensão do TEA para que possam atuar de forma mais colaborativa. O diagnóstico pode também permitir que a pessoa se beneficie de serviços e tratamentos que auxiliem a melhorar sua qualidade de vida e a correção de diagnósticos prévios incorretos o que tem um efeito direto nas propostas terapêuticas.

O diagnóstico tardio é especialmente prevalente nas mulheres. Uma razão para isso pode ser porque as mulheres geralmente seriam melhores em mascarar qualquer comportamento que possa parecer diferente.


SINAIS DE AUTISMO NOS ADULTOS


  • Dificuldade em entender o que os outros estão pensando ou sentindo;

  • Aumento da ansiedade em situações sociais;

  • Dificuldade em fazer amigos ou sentir maior preferência por ficar sozinho;

  • Parecer excessivamente franco, rude ou não interessado nos outros;

  • Achar difícil explicar como se sente;

  • Interpretar as coisas ao pé da letra - por exemplo, sem entender o sarcasmo, metáforas, piadas ou frases de sentido figurado;

  • Ter a mesma rotina todos os dias e ficar muito ansioso se houverem mudanças na sua rotina.

  • Dificuldade para entender as "regras" sociais;

  • Evitar o contato visual;

  • Ficar incomodado com a aproximação e o toque de outras pessoas;

  • Perceber pequenos detalhes, padrões, cheiros ou sons que outras pessoas não percebem;

  • Ter um grande interesse em certos assuntos ou atividades;

  • Gostar de planejar as coisas cuidadosamente antes de fazê-las.



Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.


Para saber mais:

London: National Institute for Health and Care Excellence (NICE); 2021 Jun 14.


Autismo Out 2019; 23 (7): 1675-1686.


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