top of page
Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

DIMINUIR GORDURA NA ALIMENTAÇÃO AJUDA A EMAGRECER?

Atualizado: 11 de dez. de 2023

Antes de 1990 as dietas de baixa caloria foram as mais recomendadas. Elas têm como objetivo reduzir o peso restringindo a ingestão de calorias. Mas, no mundo real, essa abordagem tem diversos inconvenientes e dificilmente funciona, pois atinge os sintomas e não a raiz do problema.


Após algumas semanas de restrição calórica, ficamos com fome, cansados, irritados e o que é pior, o metabolismo basal diminui, ou seja, o organismo tenta poupar energia diminuindo o gasto energético para as atividades do cotidiano.


Embora tentemos ignorar a fome e o cansaço por um curto período de tempo, os dois inevitavelmente acabam com a nossa motivação e nossa força de vontade. Mais cedo ou mais tarde, não resistimos à tentação e voltamos a comer como antes, as vezes até mais, para compensar o tempo perdido e o peso não tarda a voltar – muitas vezes chegando a níveis maiores do que antes de começarmos a dieta. Quanto mais peso perdemos, mais o corpo luta contra isso e no final o peso volta a subir, sendo que na maioria das vezes atinge patamares de peso mais elevados que antes do início da dieta.


Em 1990, nos USA, na esteira da redução calórica, tivemos o auge das dietas de baixa gordura. O argumento era de que a gordura tem o dobro da energia do que os outros nutrientes. Então, restringindo a gordura estaríamos fazendo uma restrição calórica importante.


Nessa época, o governo Americano investiu muitos dólares na divulgação da dieta de baixa gordura, recomendando através das diversas mídias e na pirâmide nutricional da época. Essa orientação foi seguida pela população dos USA. A ingestão de gordura nos USA que era de 40% do total calórico em 1960 diminuiu e passou a ser de 30%, mas a epidemia de obesidade continuou avançando, mostrando a ineficácia dessa abordagem.


O problema é que as dietas com restrição de gordura são geralmente ricas em carboidratos e podem desenvolver, em quem as segue, um distúrbio de insulina.


Muitos fatores influem na escolha de uma alimentação voltada ao emagrecimento, o metabolismo individual, a genética, o microbioma e os desequilíbrios hormonais. Todas as alterações metabólicas adquiridas ao longo da vida muitas vezes se sobrepõem a genética. O microbioma que, atualmente sabemos, também tem um peso importantíssimo para a perda e manutenção do peso.

Na minha experiencia, as alterações metabólicas ligadas ao metabolismo da insulina são muitos frequentes e grande parte das pessoas apresentam desequilíbrios do microbioma.





Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.










28 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page