Dormir mal pode fazer mal a saúde? Esta é a questão que inúmeros estudos científicos estão tentando responder.
Mudanças nos padrões de sono são comuns em pessoas com doença de Alzheimer e outras demências. Acredita-se que essas mudanças resultem do ciclo vigília-sono estar desregulado devido a processos fisiopatológicos na demência, particularmente aqueles que afetam o hipotálamo e o tronco cerebral.
Além dos distúrbios do sono, há um interesse crescente na associação entre a duração do sono e a demência. Estudos observacionais mostram que tanto a curta quanto a longa duração do sono estão associadas ao aumento do risco de declínio cognitivo e demência.
Entretanto, a maioria desses estudos acompanhou as pessoas por um período máximo de 10 anos. Como a maioria das demências é caracterizada por alterações fisiopatológicas ao longo de 20 anos ou mais, um estudo mais longo, como o abaixo, trouxe resultados mais relevantes.
O estudo publicado na revista "Nature Communications" em abril de 2021 acompanhou quase 7.959 pessoas na Grã-Bretanha por cerca de 25 anos, começando quando essas pessoas tinham 50 anos.
Esse estudo concluiu que aqueles que relataram consistentemente dormir seis horas ou menos em uma noite média durante a semana tinham cerca de 30% mais probabilidade de apresentarem um quadro demencial cerca de 3 décadas depois, quando comparadas
as pessoas que dormiam regularmente 7 horas por noite (definido como sono "normal" no estudo).
Para melhora do sono, um melhor gerenciamento das atividades diárias, com uma alimentação saudável, atividades físicas, meditação e yoga podem ajudar.
Alguns fitoterápicos e outros produtos naturais podem contribuir com a melhora do sono.
Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.
Para saber mais:
Séverine Sabia
Nature Communications volume 12, Article number: 2289 (20 April 2021 )
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