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  • Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

EFEITOS DA INSULINA NO CÉREBRO

Atualizado: 14 de abr.

O cérebro para exercer todas a suas funções depende da produção adequada de energia. A glicose é o principal substrato para a produção de energia no cérebro.


Funções cerebrais como pensamento, memória e aprendizagem estão intimamente ligadas aos níveis de glicose e à eficiência com que o cérebro usa essa fonte de combustível. Se não houver glicose suficiente no cérebro, por exemplo, os neurotransmissores não são produzidos e a comunicação entre os neurônios é interrompida.


A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas e desempenha um papel importante na regulação do metabolismo da glicose nos tecidos periféricos. Novos estudos têm mostrado seu papel multifatorial no cérebro: a insulina influencia a bioenergética cerebral, aumenta a viabilidade sináptica e a formação da coluna dendrítica e aumenta a renovação de neurotransmissores, como a dopamina.


A sinalização da insulina no cérebro não apenas desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo da energia cerebral, mas também na regulação do humor, comportamento e cognição. A insulina no cérebro também modula a resposta inflamatória.


A resistência à insulina, ou sensibilidade prejudicada à insulina, é definida como uma falha das células musculares, adiposas e hepáticas conseguirem captar ou armazenar a glicose do sangue de forma eficiente, o que é essencial para a vida e para a regulação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Como resultado, o pâncreas produz cada vez mais insulina para tentar diminuir o aumento dos níveis de glicose no sangue. Isso é chamado de hiperinsulinemia.


A resistência à insulina nos tecidos periféricos ocorre frequentemente na obesidade e na diabetes de tipo II.


Recentemente, em 2022, uma grande coorte de estudos do UK Biobank, que é um banco de dados que contém informações genéticas e de saúde detalhadas de meio milhão de participantes do Reino Unido, encontrou dados significativos que associam a resistência à insulina ao declínio cognitivo:

  • Doenças/características relacionadas à resistência à insulina estão associadas a pior funcionamento cognitivo.

  • •As descobertas mais consistentes dizem respeito ao raciocínio verbal-numérico e à velocidade de processamento.

  • •Alterações estruturais/funcionais imunológicas e cerebrais podem mediar essas associações.

Vários estudos tem associado a resistência à insulina cerebral como um dos fatores que causam ou agravam diversas doenças cerebrais:

  • Alzheimer - diabetes tipo 3?

  • Patologia cerebrovascular

  • Autismo

  • Esquizofrenia,

  • Depressão,

  • Ansiedade

  • Bipolaridade

  • Declínio cognitivo

Fatores que causam resistência à insulina

  • Obesidade, principalmente com aumento abdominal,

  • Alimentação industrializada, rica em gordura saturada, açúcar e carboidratos de ação rápida (refinados),

  • Estresse,

  • Apneia do sono,

  • Falta de exercício físico.

Fatores que levam a melhora da resistência a insulina:






Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma certificação internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.




Para saber mais:

Physiol Rev. 2016 Oct;96(4):1169-209.

Lancet Neurol. 2020 Sep;19(9):758-766


Manco M, Guerrera S, Ravà L, Ciofi Degli Atti M, Di Vara S, Valeri G, Vicari S.

Transl Psychiatry. 2021 Apr 20;11(1):229.


Sukasem C, Vanwong N, et all

Basic Clin Pharmacol Toxicol. 2018 Jul;123(1):42-50.


Penninx BWJH, Lange SMM.

Dialogues Clin Neurosci. 2018 Mar;20(1):63-73.


Fanelli G, Mota NR, et all

J.Neurosci Biobehav Rev. 2022 Dec;143:104927

Zhou M, Konigsberg WH, Hao C, Pan Y, Sun J, Wang X.

J Enzyme Inhib Med Chem. 2023 Dec;38(1):2199168.

Tendências Neurosci.2022 maio;45(5):384-400.

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