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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

FATOR AMBIENTAL É TÃO IMPORTANTE QUANTO O GENÉTICO PARA RISCO DE AUTISMO.

Atualizado: 13 de abr. de 2024

O autismo é uma doença que vem aumentando em passos largos. Um fator genético sozinho não poderia ser o responsável por esse aumento, uma vez que as doenças genéticas não tem esse tipo de aumento acentuado no número de casos ao longo dos anos.


A melhor hipótese é que realmente exista uma base genética, mas que para poder causar o autismo precisa estar associada a um fator ambiental. Por exemplo, as pessoas com mutação MTHFR e da ApoE são mais suscetíveis aos efeitos do mercúrio. O gene CHD7, essencial para a migração e padronização das células da crista neural, pode ser hipometilado quando exposto a poluentes ambientais comuns ou ácido valpróico. Além de interferir na função genética, esses produtos podem interferir na neurotransmissão como, por exemplo, os pesticidas e poluentes orgânicos que interferem na acetilcolina (Ach), ácido γ-aminobutírico (GABA) e neurotransmissão dopaminérgica.


Diversos fatores ambientais que podem estar associados ao autismo, atuando durante a gestação ou no primeiro ano de vida:


  • Poluição ambiental - a poluição do ar que contém partículas de substâncias tóxicas perigosas, ozônio, óxido nitroso e poluição relacionada ao escapamento de automóveis;

  • Agrotóxicos – organofosforados, piretroides, organoclorados (também encontrado nas tintas no plástico, no verniz e no cloro) e herbicidas (glifosato);

  • Metais pesados – chumbo, mercúrio, alumínio e níquel;

  • Medicamentos – paracetamol (tylenol), ácido valproico, ibuprofeno (allivium) e antibióticos, PCBs (bifenilpoliclorado);

  • Solventes;

  • Ftalatos - amplamente utilizados em cosméticos, plásticos, tapetes, pisos, brinquedos, produtos médicos e de limpeza que podem afetar hormônios críticos para o desenvolvimento do cérebro;

  • Infecções virais e bacterianas;

  • Falta do aleitamento materno;

  • Cesariana;

  • Alterações da microbiota (flora intestinal) e presença de algumas bactérias específicas como o Clostridium Difficile, entre outras;

  • Deficiência de zinco, manganês, vitamina D, DHA e folatos na gravidez.

Esses fatores atuam causando alterações da metilação, disfunção mitocondrial, autoimunidade, aumento da oxidação, alteração da micróglia e neuroinflamação.





Para saber mais:

Improving autism perinatal risk factors: A systematic reviewMedical Hypotheses

Volume 127, June 2019, Pages 26-33


Genetic and Epigenetic Etiology Underlying Autism Spectrum Disorder. J Clin Med. 2020 Mar 31;9(4


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