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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

LEITE MATERNO – UMA NUTRIÇÃO MUITO ESPECIAL

Atualizado: 15 de abr. de 2024

O leite materno é um dos mais incríveis alimentos que existem. Ele contém exatamente todos os nutrientes necessários para a saúde de um bebê. Por mais que a indústria tente fazer produtos semelhantes ao leite materno, ela está longe de conseguir.


O leite materno além da composição nutricional perfeita para a saúde física e mental do bebê, contem nutrientes como os oligossacárides, que não são absorvidos pelo intestino do bebê, mas que alimentam o seu microbioma intestinal. No leite materno existem mais de 130 tipos diferentes de oligossacárides mostrando a importância atribuída ao microbioma pela mãe natureza.


Os bebês alimentados com leite materno tem a flora intestinal rica em lactobacilos e bifidobacterias que se alimentam desses oligossacarídeos. Essas bactérias do leite materno vão mudando em quantidade e na composição ao longo do aleitamento para colonizar o intestino de acordo com a necessidade do bebê ao longo do seu desenvolvimento.


A flora intestinal do bebê produz os ácidos graxos de cadeia curta muito importantes para a manutenção do epitélio intestinal e no desenvolvimento do sistema auto imune. Eles também impedem que bactérias nocivas se liguem a parede intestinal e possam se proliferar.


Os bebês alimentados com leite materno têm a flora intestinal rica em lactobacilos e bifidobactérias que se alimentam desses oligossacarídeos. Essas bactérias do leite materno vão mudando em quantidade e na composição, ao longo do aleitamento, para colonizar de acordo com a necessidade do bebê ao longo do seu desenvolvimento.


A flora intestinal do bebê produz os ácidos graxos de cadeia curta muito importantes para a manutenção do epitélio intestinal e no desenvolvimento do sistema auto imune. Eles também impedem que bactérias nocivas se liguem à parede intestinal e possam se proliferar.


A composição do leite materno se adapta as necessidades do bebê à medida que ele vai crescendo. O colostro está repleto de células imunológicas, anticorpos e umas quatro colheres de chá de oligossacarídeos por litro de leite. Com o tempo o teor de oligossacarídeos vai diminuindo, caindo para 3 colheres de chá por litro de leite aos 4 meses.


As bactérias do intestino materno, migram para o leite materno, transportados no sangue por células dendríticas, do intestino ao leite materno. O leite materno contem até 1.000 bactérias por ml de leite, o que significa que o bebê pode consumir 800 mil bactérias por dia através do leite materno. Com o tempo, as bactérias do leite ficam menos numerosas e de espécies diferentes, contribuindo para a diversidade da flora intestinal.


O leite materno de mulheres que deram à luz por cesariana é diferente daqueles que deram a luz por parto normal. As mulheres que tiveram sua cesariana realizada durante o trabalho de parto tem uma microbiota no leite muito próxima a mulher que deu a luz por parto vaginal.


As crianças alimentadas por fórmula lactea têm uma variedade maior de espécies bacterianas no intestino, muitas das quais nocivas. A maior variedade de flora é importante para os adultos, mas nos bebês a colonização inicial precisa ser feita na sequencia propiciada pelo leite materno.


Bebês alimentados com formula lactea infantil têm uma tendência maior de contrair infecções. Têm o dobro de chances de ter infecção de ouvido, quatro vezes mais chance de internação por infecções respiratórias, 3 vezes mais chance de infecções intestinais, 2,5 vezes mais chance de ter enterocolite necrotizante e 2 vezes mais risco de morte súbita.


Nos USA, a mortalidade infantil de bebês não amamentados ao seio é 30% maior em relação aos que foram amamentados. Além disso, tem quase o dobro de chance de desenvolver irritações de pele e asma, maior risco de leucemia infantil e diabetes do tipo 1, entre outras doenças.


O leite materno e seus microorganismos representam o melhor presente que a mãe pode oferecer aos seus filhos.






Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.



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