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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

LEITES VEGETAIS - BEBIDAS À BASE DE PLANTAS

Atualizado: 15 de abr. de 2024

Os leites vegetais são uma alternativa para pessoas que não consomem produtos de origem animal, ou que sofram de alergias ou intolerância à proteína do leite de vaca ou tenham intolerância à lactose.


O Tribunal de Justiça Europeu em 2017 decidiu que os produtos vegetais feitos a base de soja, aveia ou arroz entre outros, deverão ser chamados de “bebidas à base de plantas” e não mais leites vegetais.


Eles têm um sabor agradável e podem ser comprados prontos ou feitos em casa. Atualmente são produtos comuns e várias marcas estão presentes nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Existem múltiplas receitas disponíveis na internet para aqueles que preferem fazer o próprio leite vegetal.


Os produtos comercializados precisam ter sempre seus rótulos verificados para que não haja açúcares, corantes, adoçantes e sabores artificiais adicionados ao leite vegetal.

LEITE DE AMÊNDOAS


É um dos leites vegetais mais conhecidos.

O Leite de amêndoas sem açúcar é um produto de baixo teor calórico, cerca de um quarto da quantidade do leite integral - e cerca de 96% menos gordura saturada. Além disso é um produto de baixo índice glicêmico.

Ele tem bem menos proteínas que o leite de vaca.

LEITE DE AVEIA


O consumo do leite de aveia vem aumentando muito.

Ele tem pouca gordura saturada (0,5 gramas) e um pouco menos calorias do que o leite integral e apenas 3 gramas de proteína.

O teor de fibras também é baixo, muito inferior ao da própria aveia.

E muitos produtos podem ter açúcares adicionados.

LEITE DE SOJA


O leite de soja tem compostos que imitam o estrogênio, chamados fito estrógenos, que tem estrutura e função análogas aos estrogênios.

Estudos animais levantaram suspeitas de que a soja poderia ter efeitos potencialmente negativos no desenvolvimento sexual e função reprodutiva, no desenvolvimento neurocomportamental, na função imunológica e na função da tireoide. Em humanos os resultados dos estudos sobre o uso da soja na alimentação ainda são conflitantes.

Além disso, a alergia à soja também tem aumentado muito.

LEITE DE COCO


É preparado a partir do coco ralado, o sabor é agradável e naturalmente doce tendo cerca de metade das calorias do leite integral.

É um produto de baixo teor proteico (0,5 gramas por xícara) e 5 gramas de gorduras saturadas - quase a mesma quantidade do leite integral.

LEITE DE ERVILHA


É um produto feito a base de ervilhas amarelas e é rico em proteínas - 8 gramas por xícara e as versões sem açúcar contêm cerca de metade das calorias do leite integral e apenas meio grama de gordura saturada.

A textura se assemelha ao leite de vaca - um tanto cremosa com um sabor suave.

LEITE DE ARROZ


Feito com arroz integral, o leite tem um sabor naturalmente adocicado. Tem um pouco menos calorias do que o leite integral (115 contra 146 por xícara) e nenhuma gordura saturada; no entanto, é muito pobre em proteínas (0,7 gramas por xícara).

A bebida também é de alto índice glicêmico pois contém carboidratos de digestão rápida, que podem se converter rapidamente em glicose, aumentando os níveis de insulina e de açúcar no sangue.

Alguns estudos relataram excesso de arsênico no arroz. O leite de arroz pode ter também uma concentração excessiva de arsênico. A FSA - Food Standards Agency - do Reino Unido, emitiu parecer em que crianças menores do que 4 anos de idade não devem tomar leite de arroz, pois o consumo diário destas bebidas em quantidades semelhantes ao consumo médio de leite de vaca (um copo, aproximadamente 280 mL por uma criança) levaria a uma exposição alimentar significativa de arsênico.





Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.




Para saber mais:


Níveis de arsênico no arroz:




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