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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

MICROBIOMA INTESTINAL NA SAÚDE REPRODUTIVA DA MULHER.

Atualizado: 21 de mar. de 2024

Endometriose, infertilidade e dor pélvica crônica são condições que afetam principalmente as mulheres em idade reprodutiva e, embora possam coexistir, também podem ocorrer independentemente. Aproximadamente 10% das mulheres sofrem de endometriose, com sintomas que podem incluir dismenorreia, dor pélvica, dor genital que ocorre durante a relação sexual e infertilidade.


Diversos estudos mostram que a microbiota intestinal ou vaginal desequilibrada (disbiótica) está associada a várias condições ginecológicas. Dados crescentes vêm evidenciando uma associação entre o microbioma e a endometriose e também com a infertilidade, além da dor pélvica crônica. O microbioma desempenha um papel no eixo intestino-cérebro, o que apoia ainda mais a associação com o espectro de sintomas associados à endometriose, incluindo infertilidade e a dor pélvica crônica.


Um estudo publicado em 2021 por pesquisadores da "University of Arizona-College of Medicine" fez uma revisão de 28 estudos clínicos e 6 em animais para avaliar a influência da microbiota intestinal e vaginal na saúde dos órgãos reprodutivos da mulher. Tanto nos estudos em humanos quanto em animais, havia diferenças significativas no microbioma dos pacientes que apresentavam endometriose em relação aos que não apresentavam.


Esse estudo mostrou que as bactérias associadas à vaginose bacteriana e a depleção de Lactobacillus no microbioma cérvico vaginal são associados à endometriose e infertilidade na maioria (23/28) dos estudos.


A saúde da microbiota vaginal e intestinal estão associadas ao maior consumo de frutas, verduras e legumes e ao menor consumo de alimentos ultraprocessados.






Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.





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Atualização do Hum Reprod 21 de dezembro de 2021;28(1):92-131.

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