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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

PESO - COMO ACABAR COM O EFEITO SANFONA

Cerca de 90% das pessoas bem-sucedidas em manter o peso já passaram por tentativas malsucedidas no passado: conseguiram alcançar o peso desejado, mas não conseguiram fazer o processo de manutenção adequadamente.


A obesidade e o sobrepeso foram por muitas décadas considerados como uma falta de vontade da pessoa que não conseguia nem controlar o apetite nem aumentar a atividade física. Como se vivêssemos uma epidemia de pessoas gulosas e preguiçosas.


Nos últimos anos a ciência avançou muito e o excesso de peso passou a ser considerado, por todas as sociedades médicas, uma doença crônica que não pode ser controlada apenas com força de vontade.

As pessoas com excesso de peso possuem um desequilíbrio nos mecanismos cerebrais que regulam a saciedade e o gasto energético, ou seja, comem mais do que o necessário e queimam menos.


Esse desequilíbrio ocorre devido a variações genéticas associadas a fatores ambientais que, de forma isolada ou concomitante, causam essas alterações metabólicas responsáveis pelo excesso de peso.


A boa notícia é que hoje existem novos recursos para auxiliar na redução e na manutenção de um peso: fitoterápicos, lactobacillus, nutracêuticos e medicamentos.

Por ser uma doença o tratamento do excesso de peso necessita de uma abordagem abrangente e diferenciada que examine suas dimensões metabólicas, físicas e psicológicas para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.


O tratamento das doenças crônicas precisa ser mantido por longo prazo. Se uma pessoa é hipertensa, uma vez começado um tratamento que normalize a pressão arterial, ele não pode ser descontinuado, porque se o tratamento for interrompido, a pressão arterial volta a subir. O mesmo acontece com o aumento do peso. Se o tratamento que auxiliou na normalização do peso for suspenso, o peso volta a subir, e provavelmente para um patamar mais alto do que estava no início do tratamento.


Antigamente a obesidade era considerada como uma corrida de 100 metros. Todos os esforços maximizados para a obtenção de um resultado rápido, dietas restritivas ao extremo, associadas a atividade física excessiva levavam a uma perda de peso rápida. Mas, depois de cruzar a linha da vitória, todas essas medidas eram aos poucos abandonadas e o peso voltava a subir dando origem ao famoso efeito sanfona.


A obesidade precisa ser encarada como uma maratona, de longos anos, aonde tudo que for feito para que o peso volte ao normal vai precisar ser mantido por longos anos. Chegar ao peso normal, nessa nova abordagem, é a parte mais fácil do processo.

A parte mais difícil é manter todas as medidas como alimentação, qualidade de vida, atividade física, sono adequado, gerenciamento do estresse, medicamentos e fitoterápicos por longos anos, para que o peso se mantenha no novo patamar. Mesmo quando o peso alcançado ainda é superior ao desejado, ele já é provavelmente muito melhor do que o inicial. Continuar todo o esforço que vinha fazendo para perder peso para continuar mantendo o peso já obtido, é a parte mais difícil de ser realizada.


Os novos estudos falam que a manutenção precisa ser feita por no mínimo 6 anos. Muitos pesquisadores acreditam que essas medidas precisem ser mantidas ao longo de toda a vida.


Mas Vamos lá, vale a pena começar de novo!

 



Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.

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