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PREVALÊNCIA DO TEA - NOVO AUMENTO (DADOS DE 2018)

  • Foto do escritor: Berenice Cunha Wilke
    Berenice Cunha Wilke
  • 18 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

O CDC - "Center for Disease Control and Prevention", USA - apresentou os novos dados da prevalĂȘncia do autismo em 3 dezembro de 2021, mostrando um importante aumento dos casos de autismo - 1 em cada 43 crianças estĂŁo no TEA - ou seja 23 crianças no TEA a cada 1.000 crianças. Nesse caso a prevalĂȘncia foi calculada pelo nĂșmero de crianças autistas de 8 anos em 2018 em relação ao nĂșmero de crianças totais da mesma idade. O autismo foi 4,2 vezes mais prevalente entre meninos do que entre meninas.



Esses dados foram obtidos pela Rede de Monitoramento de Autismo e DeficiĂȘncias de Desenvolvimento que realiza a vigilĂąncia ativa do TEA nos USA e, foi feito com dados de crianças de 8 anos com caracterĂ­sticas do TEA, cujos pais ou responsĂĄveis ​​moravam em 2018 nos 11 locais monitorizados por essa rede - Arizona, Arkansas, CalifĂłrnia, GeĂłrgia, Maryland, Minnesota, Missouri, Nova Jersey, Tennessee , Utah e Wisconsin.


Os dados desse estudo mostraram uma variação na prevalĂȘncia do TEA, indo de 16,5 no Missouri a 38,9 na CalifĂłrnia por mil crianças. A idade mĂ©dia do primeiro diagnĂłstico conhecido de TEA variou de 36 meses na CalifĂłrnia a 63 meses em Minnesota.


Na minha opiniĂŁo esse aumento Ă© espantoso e real e, nĂŁo pode ser explicado por falta de diagnĂłsticos em anos anteriores, porquĂȘ nos Ășltimos 5 anos os critĂ©rios para o diagnĂłstico do autismo nĂŁo foram modificados significativamente. Se considerarmos que desde 1970, todos os anos ocorreram aumentos na prevalĂȘncia do autismo e esses resultados sĂŁo de um estudo com dados analisados sĂŁo de 2018, em crianças de 8 anos, a prevalĂȘncia do autismo na data de hoje pode ser ainda maior, porque estamos falando de crianças nascidas hĂĄ 10 anos atrĂĄs, ou seja crianças de 8 anos em um estudo de 2 anos atrĂĄs.




Embora o autismo tenha um componente genĂ©tico importante, as doenças genĂ©ticas nĂŁo tem esse aumento tĂŁo importante da prevalĂȘncia a cada ano. Por isso, diversos pesquisadores acreditam que o autismo seja causado por alteraçÔes genĂ©ticas associadas a fatores ambientais, como agrotĂłxicos, poluentes, metais pesados, xenobiĂłticos e inĂșmeros outros fatores jĂĄ comentados em posts anteriores:




Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, mĂ©dica formada pela UNIFESP em 1981, com residĂȘncia em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na UniversitĂ© de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação MĂ©dica Brasileira. TambĂ©m tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultĂłrio, oferecendo minha vasta experiĂȘncia em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.






Para saber mais:

Surveillance Summaries / December 3, 2021 / 70(11);1–16


 
 
 
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