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Foto do escritorBerenice Cunha Wilke

RONCO E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Atualizado: 14 de abr. de 2024

A apneia obstrutiva do sono é uma importante causa de mortalidade e morbidade.


A apnéia é uma obstrução nas vias aéreas superiores que impede a passagem do ar para os pulmões durante o sono. A obstrução pode ser parcial ou completa causando falta de oxigenação do sangue e ativação simpática. As apneias são interrompidas por ativação do sistema nervos simpático, seguidas de aumentos do pulso e da pressão sanguínea, re-oxigenação e liberação de fatores inflamatórios.


A apneia obstrutiva do sono é uma importante causa de mortalidade e muitas doenças.


A apneia é uma obstrução nas vias aéreas superiores que impede a passagem do ar para os pulmões durante o sono.


A obstrução pode ser parcial ou completa causando falta de oxigenação do sangue que ativação do sistema nervos simpático causando aumentos do pulso e da pressão sanguínea, liberação de fatores inflamatórios e re-oxigenação.

PREVALÊNCIA

A apneia obstrutiva do sono é muito frequente e geralmente pouco diagnosticada.


Um estudo realizado nos USA - Coorte de Estudo do Sono de Wisconsin – mostrou que 10% dos homens e 3% das mulheres de 30 a 49 anos apresentam apneia obstrutiva do sono moderada. Esse valor aumenta para 17% dos homens e 9% das mulheres de 50 a 70 anos


Estima-se que 82% dos homens e 93% das mulheres nos Estados Unidos, com apneia obstrutiva do sono, não sejam diagnosticados.

FATORES DE RISCO

O risco de apneia obstrutiva do sono é influenciado por vários fatores de risco não modificáveis como:

  • Sexo masculino;

  • Mulheres após a menopausa sem terapia de reposição hormonal;

  • Idade – o risco aumenta com a idade;

  • Predisposição genética ou um histórico familiar de apneia obstrutiva do sono;

  • Anatomia facial do crânio, resultando em vias aéreas estreitas;

Os fatores de risco modificáveis são

  • Obesidade;

  • Medicamentos que causam relaxamento muscular e estreitamento das vias aéreas como opiáceos e benzodiazepínicos;

  • Álcool;

  • Distúrbios endócrinos como hipotireoidismo, síndrome do ovário policístico;

  • Tabagismo


SINTOMAS

Durante o sono, o ronco é um dos sintomas mais comuns, mas a apneia obstrutiva do sono pode ser responsável também por:

  • Suor noturno

  • Acordar de madrugada e não conseguir voltar a dormir

  • Acordar a noite com falta de ar

  • Sono fragmentado

  • Sonolência durante o dia

  • Fadiga, cansaço e falta de energia durante o dia

  • Sensação de não estar renovado após 7 a 9 horas de sono

  • Dor de cabeça matinal

  • Problemas de memória ou concentração

  • Alterações do humor e irritabilidade

DOENÇAS ASSOCIADAS A APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Pessoas com apneia obstrutiva do sono moderada ou grave apresentam um risco aumentado de:

  • Acidente vascular cerebral;

  • Infarto do miocárdio;

  • Hipertensão;

  • Hiperlipidemia;

  • Intolerância à glicose;

  • Diabetes;

  • Arritmias incluindo fibrilação atrial;

  • Hipertensão pulmonar;

  • Insuficiência cardíaca congestiva;

  • Depressão;

  • Alzheimer;

  • Declínio cognitivo do idoso;

  • Diminuição da libido e disfunção erétil;

  • Agravamento das doenças autoimunes;

  • Aumento do peso;

  • Na infância é associada a enurese e hiperatividade;

  • Hipertrofia prostática, câncer de próstata;


POLISSONOGRAFIA

A polissonografia é o melhor exame para avaliar a apneia do sono. Atualmente alguns laboratórios instalam o aparelho e permitem que o exame seja realizado em casa, o que melhora muito o conforto e a eficácia do teste.



Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.


Para saber mais:


Rundo JV.Cleve.

Clin J Med. 2019 Sep;86(9 Suppl 1):2-9.

Ralls F, Cutchen L.

Curr Opin Pulm Med. 2019 Nov;25(6):578-593.


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