Médicos da Grã Bretanha estão levantando a suspeita de que o Covid 19 possa estar associado a quadros graves na infância.
A Grã-Bretanha em março de 2020 começou a investigar a há relação entre uma doença inflamatória que afeta gravemente as crianças. Chamou a atenção dos pesquisadores o aumento de crianças na UTI com uma síndrome inflamatória grave com características da síndrome do choque tóxico e da doença de Kawasaki atípica, uma doença inflamatória que ataca os vasos sanguíneos e o coração. Elas podem causar perigosa inflamação interna, febre e problemas respiratórios.
Em seguida, essa relação foi confirmada e nas crianças com sindrome de Kawasaki like foi encontrado o covid19.
A doença de Kawasaki é uma vasculite aguda da infância, que representa a principal causa de doença cardíaca em pacientes pediátricos nos países desenvolvidos. A maior parte dos casos acontece em menores de cinco anos de idade. O diagnóstico da forma clássica da patologia deve ser considerado em pacientes apresentando febre por no mínimo cinco dias, que atendem pelo menos quatro dos cinco critérios clínicos da doença, na ausência de um diagnóstico alternativo.
A causa da doença de Kawasaki permanece desconhecida depois de décadas de pesquisa, mas existe uma forte suspeita de que exista um gatilho infeccioso, e no caso atual o coronavirus foi demonstrado como um deles.
A principal complicação da doença de Kawasaki é o surgimento de manifestações clínicas cardíacas, como aneurismas nas artérias coronárias, o que pode levar à necessidade de suporte intensivo e até ao óbito.
Mais frequente na Ásia do que nos países ocidentais, ela se manifesta por uma inflamação das artérias, especialmente as coronárias, podendo causar um infarto do miocárdio. Ela está associada à febre, erupções cutâneas, vermelhidão em torno da boca e das mucosas labiais e garganta, inchaço dos gânglios no pescoço, inchaço de mãos e pés, além de irritação dos olhos. Nem todas crianças apresentaram sintomas respiratórios típicos na fase inicial. Mas, em um segundo momento, eles desenvolvem sintomas poucos descritos até o momento em crianças contaminadas pelo coronavírus: problemas digestivos, febre, piora do estado geral.
O tratamento é realizado com imunoglobulina humana venosa.
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