A deficiência D é uma preocupação de saúde global e pode ser encontrada nas mais diversas regiões do globo. As ações para melhorar esse problema são desafiadas pela falta de concordância entre as diretrizes, no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento. Por esse motivo cientistas europeus se reuniram para elaborar um consenso.
A vitamina D é sintetizada na pele após a exposição solar aos raios ultra violeta B (UV-B), que estão presentes entre 10h e 16h. Essa exposição ao sol para produzir vitamina D precisa ser feita na pele sem cremes, sem protetor solar, sem roupas e sem a interposição de vidros. A alimentação fornece apenas pequenas quantidades de vitamina D o que torna a exposição solar a maior fonte dessa vitamina. O organismo regula a produção de vitamina D para evitar que exposições prolongadas ao sol causem intoxicação.
Por ser essencial ela é produzida pelo organismo, muitos cientistas consideram a vitamina D como um hormônio e não como uma vitamina, porque as vitaminas embora sejam essenciais ao funcionamento do organismo não são produzidas pelo corpo, ao contrário dos hormônios.
A vitamina D sempre foi conhecida pelo seu papel crucial na saúde musculoesquelética. Mas, a presença dos receptores de vitamina D em quase todas as células humanas sugere, ou mesmo documenta, um papel mais difundido da vitamina D para a saúde geral, uma noção que é apoiada por vários estudos experimentais e epidemiológicos. Numerosos estudos epidemiológicos documentaram que baixas concentrações de vitamina D estão associadas a um risco aumentado de mortalidade por todas as causas e doenças agudas e crônicas importantes, como câncer, doenças cardiovasculares e autoimunes, bem como infecções.
Um painel de especialistas europeus elaborou um novo consenso, englobando aspectos de prevenção, diagnóstico e tratamento da deficiência de vitamina D em adultos.
Na tabela abaixo vemos o sistema de classificação do status da vitamina D proposto nesse consenso europeu:
Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.
Para saber mais:
PLUDOWSKI, Pawel et al
Nutrients, v. 14, n. 7, p. 1483, 2022.
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